O guaraná- Paullinia cupana- é uma planta nativa da região das terras altas da Bacia do Rio Maués-Açu, precisamente onde é o território tradicional dos Sateré-Mawé, que integram o tronco linguistico Tupi e que habitam a região do médio Rio Amazonas e Pará.
O uso do guaraná é muito comum entre os povos indigenas do vale do Rio Negro e do sul da Venezuela.
Os Sateré-Mawé se vêem como os inventores da cultura do guaraná , isto é, que transformaram uma trepadeira silvestre em planta cultivada.
Além de cultivarem o guaraná , os Sateré também criaram um processo para preparar uma bebida a partir das sementes. Elas são torradas e amassadas no pilão, misturadas com farinha de mandioca até formar uma pasta que, aos secar, transforma-se no bastão de guaraná, duro, marrom ou amarelo açafrão.
Ralado no água, no interior da cuia, fornece o sapó, bebida do dia-a-dia, ritual e religiosa dos Sateré-Mawé.