A pintura corporal é um bem cultural de grande valor para os povos indígenas, especialmente os Pataxós. Elas são parte da história desta etnia e representam sentimentos do cotidiano, os bens e o sagrado. São usadas em festas tradicionais da aldeia como os ritos de casamentos, nascimento e morte, comemorações do dia do índio e no dia-a-dia em apresentações de dança. Há pinturas para o rosto, braços, costas e pernas, assim como tamanho, significado e momento certo para usá-las, que devem ser conhecidos pela pessoa que a está usando. Homens e mulheres casadas usam pinturas simples para não chamar muito a atenção, enquanto que os solteiros e solteiras usam pinturas e artefatos que chamem bastante a atenção, com a intenção de seduzir a pessoa do sexo oposto.
Os materiais usados para fazer estas pinturas são: jenipapo, urucum, carvão, barro-vermelho e branco.
Nas pinturas corporais dos índios Pataxó, são usadas as cores vermelha, preta e branca.
- VERMELHA: é usada para a guerra;
- PRETA: usada no luto de parente;
- BRANCA: significa paz.
O corpo é pintado com urucum para as festas, lutas, trabalhos e retomadas das terras. Já a pintura com jenipapo é usada quando vão dançar o Awê e nas batalhas. Nas pinturas femininas não fazem parte os símbolos das aldeias pois as mulheres são símbolos de origem da vida.
Para os Pataxó, em cada tipo de linguagem há um espírito, cada coisa que fazem é uma homenagem a eles. Tudo o que fazem envolve muito respeito pois TUDO NA VIDA DELES É SAGRADO.
(Texto adaptado por Staël Soraya)