terça-feira, 29 de março de 2011

Vem aí 19 de abril: Dia do Índio.

"As leis 10.639/2003 e a lei 11.645/2008 que estabelecem o ensino da História da África, da cultura Afrobrasileira e dos povos indígenas, respectivamente, nos sistemas de ensino de nosso país, são Leis afirmativas que reconhecem a escola como lugar da formação de cidadãos e afirmam a relevância de a escola promover a necessária valorização das matrizes culturais que fizeram de nosso Brasil um país rico, múltiplo e plural que somos".
(Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Nacionais para Educação das relações Étnico-Raciais)

Povos indígenas do Rio Grande do Sul: alguns aspectos históricos e contemporâneos.

          Nos séculos XVII E XVIII grande parte do território gaúcho era de domínio espanhol e neles foram instaladas missões de jesuítas da Companhia de Jesus que estudaram e documentaram fartamente a língua Guarani desde 1625. Nestas missões os Guaranis atingiram um alto grau de desenvolvimento, mas tornaram-se presas para os bandeirantes paulistas e, posteriormente, fazendeiros paraguaios.
          Com a destruição das missões os índios capturados foram levados como escravos pelos bandeirantes (Séc XVII), outros foram levados como mão-de-obra escrava de fazendeiros paraguaios (XVIII), que ocuparam a terra com a extração de erva-mate. Os que não foram capturados fugiram para as matas, juntaram-se a grupos que haviam permanecidos independentes ou foram para o Paraguai e norte da Argentina.
          Na época do descobrimento do Rio Grande do Sul, os Guaranis incluíam as tribos Patos, Tapes, Cainguás, Carijós, Arachanes.
          A língua Guarani, atualmente, é conhecida como língua oficial da Bolívia e Paraguai, juntamente com a espanhola. No Brasil, há tribos Guranis, em estados como Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
          No Rio Grande do Sul existem aproximadamente 15.000 índios que ocupam 0,3% do território gaúcho, enquanto que a média nacional é de 12%, o que é pouco para um povo que carrega em sua história uma relação material e espiritual com a terra e recentemente vislumbraram a possibilidade de deixarem os acampamentos em beira de estradas.
          Já os Caingangues (Kaingangs) vivem em locais com 400 até 4.300 habitantes em diferentes áreas. Só na reserva da Guarita 4.300 índios em uma área que se estende por três municípios. Neste local, em 2001 morreram 14 crianças devido a má alimentação; também neste local as denúncias vão desde abuso de comerciantes com dívidas dos índios até a prostituição de meninas.
          Os Kaingangs, ou gês, possivelmente são os mais antigos habitantes da banda oriental do rio Uruguai ("kaa"=mato; "ingang"=morador).
          Os pampeanos constituíram um conjunto de tribos que ocupavam o sul e o sudoeste do nosso estado, os subgrupos e tribos mais conhecidos entre eles foram os charruas, guenoas, minuanos, chanás, iarós e mbohanes. Todos falavam a língua guíchua, com poucas variações dialetais.

(Texto adaptado por: Staël Soraya da Rosa)

Índios: Curiosidades...

* Você sabia...
   Alguns índios falam línguas muito diferentes do português. Muitas palavras do nosso vocabulário vieram deles. Quer ver só? Pipoca, canjica, mingau, abacaxi, pitanga, jabuticaba, jabuti, arara, perereca, tatu, Araraquara, Sorocaba, Paraíba, Manaus, Paraná, Pernambuco, Curitiba, mandacaru, peteca, araponga, caipora (caipira), capoeira, catapora...

* Você sabia...
   Você é uma pessoa cheia de nhenhenhém? Saiba que essa palavra vem do tupi e quer dizer conversa jogada fora, ou seja, blablablá.

* Você sabia...
   Os Yanomâmis são uma das maiores nações indígenas do mundo e se dividem em grupos com línguas diferentes. Estão no Amazonas, em Roraima e na Venezuela. Em suas aldeias, há uma grande casa redonda em que todos vivem juntos. Lá dentro, cada família tem seu lugar para acender sua fogueira e estender suas redes.

* Você sabia...
   As meninas carajás são separadas da família quando se tornam adolescentes. Elas ficam trancadas em um quarto da casa. Durante três meses, elas não podem conversar com ninguém enquanto aprendem a construir cestos, fazer comida e pintar corpos. Depois uma grande festa cheia de máscaras serve para apresentá-las para a aldeia. As indiazinhas já se tornaram mulheres e podem se casar.

Índio: Leituras indicadas.

1. Coisa de Índio
    AUTOR: Daniel Munduruku
    EDITORA: Callis
   *Um livro para pesquisa, com linguagem acessível e muito atraente, capaz de fazem com que o leitor compreenda toda a riqueza e diversidade da cultura dos nossos índios.

2. Irakisu, o Menino Criador
    AUTOR: Renê Kithãulu
    ILUSTRAÇÕES: do autor e de crianças Nambikwara
    EDITORA: Fundação Peirópolis
    * Renê Kithãulu, índio da tribo Nambikwara, conta histórias do seu povo. As ilustrações foram feitas por ele e por crianças da aldeia.

3. O Guarani
    ADAPTAÇÃO: Edy Lima
    ILUSTRAÇÕES: Ricardo Costa
    EDITORA: Scipione
    * A escritora Edy Lima reconta, neste livro, a história de paixão entre o índio Peri e sua bela princesa Ceci e da ganância de um grupo de bandeirantes em busca de pratarias e poder. A trama original foi escrita pelo grande José de Alencar, no século 19, com linguagem própria daquela época antiga e palavras e expressões que não são comuns nos dias de hoje. O texto de Edy Lima faz uma bela adaptação da história em linguagem atual.

4. CD - Memória Viva Guarani
    * A cultura dos índios guaranis é cantada por crianças de três aldeias.

Declaração Solene dos Povos Indígenas do Mundo.

Nós, povos indígenas do mundo, unidos numa grande Assembléia de Homens Sábios, declaramos a todas as nações:
*Quando a terra-mãe era nosso alimento
*Quando a noite escura formava nosso teto,
*Quando o céu e a lua eram nossos pais,
*Quando éramos irmãos e irmãs,
*Quando nossos caciques e anciãos eram grandes líderes,
*Quando a justiça dirigia a lei e sua execução,
*Aí outras civilazões chegaram!
*Com fome de sangue, de ouro, de terra e de todas as suas riquezas, trazendo numa mão a cruz e na outra a espada, sem conhecer ou querer aprender os costumes de nossos povos, nos classificaram abaixo dos Animais, roubaram nossas terras e nos levaram para longe delas,
*Transformando em escravos os "filhos do sol".
*Entretanto não puderam nos eliminar;
*Nem nos fazer esquecer o que somos,
*Porque somos a cultura da terra e do céu, somos de uma
*Ascendência milenar e somos milhões,
*E mesmo que nosso universo inteiro seja destruído,
*NÓS VIVEREMOS
*Por mais tempo que o império da morte!

(Port Alberni, 1975 -  Conselho Mundial dos povos Indígenas)

Sugestões de Atividades para o Dia do Índio.

1) Roda de conversa:
- "O que é" o Índio? (trabalhar o conceito de cidadania, se ele é "gente" então devemos usar: "Quem é o Índio"? A partir das respostas induzir outras questões que possam levantar: onde vive, como se veste, qual é seu trabalho, porque se pinta, o que come, como são as crianças, quais são as brincadeiras, se estudam, como tratam as doenças, etc. Não interferir nas respostas, apenas administrar eventuais conflitos. Anotar todas as impressões das crianças sobre a cultura indígena em uma cartolina e fixar em local visível. 

2) Atividade 1: Recortar e colar.
- Levar imagens que possam representar as respostas à essas questões e pedir para que montem painéis que representem cada uma delas. Comparar as impressões anotadas com as representações fotográficas.

3) Atividade 2: Circuito de habilidades motoras.
- Conversa inicial: "Considerando que a maioria dos índios vive na mata/floresta. O que podemos encontrar por lá"?
- Montar um circuito de habilidades com elementos que representem a floresta.

4) Outras sugestões de atividades:
1. Calcular a proporção habitante/área;
2. Identificar causas e consequências dos atuais problemas sociais dos povos indígenas;
3. Identificar causas e consequências dos problemas de saúde destes povos;
4. Pesquisar nome e atribuições das instituições que estão encarregadas de defender os interesses e promover políticas de ações afirmativas dos indígenas de nosso país;
5. Pesquisar quais são as políticas de ações afirmativas para os índios, no governo federal, estadual e municipal;
6. Localizar no mapa as áreas ocupadas e hidrografia destas regiões, relacionando com a importância deste meio ambiente para a melhoria da qualidade de vida desses povos;
7. Ler, compreender, interpretar e extrapolar idéias dos textos;
8. Criar artesanato com inspiração indígena;
9. Ouvir músicas que abordem o tema "índio";
10. Pesquisar a origem e significado do ritual "Kuarup";
11. Criar músicas, cantar e dançar inspirando-se nas manifestações indígenas;
12. Construir "peteca", brinquedo indígena;
13. Pesquisar a religiosidade dos povos indígenas;
14. Identificar os valores desses povos nos textos lidos.

Brincadeiras de índio.

a) Brincadeira 1:
- O jogo começa quando o gavião grita Piu, para avisar que tem fome. O primeiro da fila pergunta: Você quer isso?, e mostra a perna. O gavião olha, diz que não e passa para o próximo.
- Depois de passar por todos, quando o último da fila disser Você quer isso?, o gavião responde que sim.
- Ele se solta do grupo e o gavião sai correndo atrás. Sem soltar as mãos, o grupo tem de carcar o pássaro. Se ele conseguir pegar o participante que escolheu, leva para o seu ninho e a brincadeira continua até que todos sejam pegos. Se ele for cercado, o primeiro jogador da fila será o novo gavião e o jogo começa de novo.

b) Brincadeira 2:
- Esta é uma brincadeira comum entre os índios bororos que vivem no Mato Grosso. Em vez de se arrastar como uma sucuri, os participantes pulam em uma perna só.
- Os participantes fazem um rastro cheio de curvas no chão. Se for em uma quadra, podem usar giz.
- Agora todos tentam seguir o traçado pulando numa perna só, um atrás do outro. Não vale pisar fora da linha.

terça-feira, 22 de março de 2011

22 de Março: Dia Internacional de Luta Pela Eliminação da Discriminação Racial.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Propaganda: até onde vai o seu racismo?

quarta-feira, 16 de março de 2011

Projetos e Atividades.

Brasil em preto e branco: o jogo das diferenças raciais.

          É fato que o negro africano contribuiu para o desenvolvimento populacional e econômico de diversos Estados, como também é verdade que os africanos espalharam-se por todo o território brasileiro e que sua presença projetou-se em toda a formação humana e cultural do Brasil.
          Vale também observar que, segundo a Constituição Brasileira, qualquer pessoa que se sinta humilhada, desprezada, discriminada por sua cor de pele, religião, orientação sexual pode recorrer a um processo judicial, o que nem sempre acontece porque boa parte das pessoas tem dificuldade em enfrentar problemas.
          Ao participar desse projeto, os alunos perceberam que é legítimo exigir respeito aos seus direitos, descoberta possível graças à exaustiva pesquisa realizada na Internet.

**Duração do projeto: - Ano letivo.
**Objetivos:
- Desenvolver o espírito crítico em relação à discriminação.
- Compreender que a sociedade brasileira é formada por pessoas que possuem culturas diversificadas.
-Valorizar a história dos povos africanos.
-Relatar a violência e as formas de resistência negra.
-Pesquisar a influência da cultura africana no seu Estado: modas, comidas, línguas, religiões.
-Analisar o sistema de cotas, a mídia, o trabalho.

**Portais e ferramentas da Internet utilizados:
- Brasil Escola
-Wikipedia
-Espaço Acadêmico
-História Net
-Brasil Cultura

**Demais recursos utilizados na sala de informática:
- Data show, rádio, retroprojetor.

**Conteúdos trabalhados:
- Desmitificar falsas idéias sobre a escravidão.

**Metodologia
-ANTES: Ao ser anunciado o projeto, os alunos tiveram o apoio dos professores, que indicaram sites e textos teóricos. Surgiram ideias ligadas a teatro, à confecção de máscaras em argila e gesso, à fabricação de maquetes e cartazes.
-DURANTE: Na realização do projeto, as atividades desenvolvidas pelos alunos foram de acordo com a disciplina e a indicação dos professores: dança típica africana, demonstração de capoeira, apresentação de slides sobre racismo e preconceito, explicação do período do Brasil Colônia (maquetes), imagens sobre as religiões africanas e sua influência no Brasil de hoje, degustação de comidas típicas da cultura africana.
-DEPOIS: Os alunos tiveram a oportunidade de conhecer melhor a história do negro no Brasil, uma vez que os livros didáticos não contemplam muito esse assunto. A pesquisa realizada na Internet foi rica em informações, índices e relatos, que despertaram a curiosidade dos alunos.

**Produtos: Os alunos confeccionaram maquetes sobre o início da escravidão no Brasil, o tráfico negreiro e a influência negra hoje no Brasil. Os alunos também produziram textos relacionados ao tema pesquisado.

(Por Geisla Flaida de Mello)
FONTE: http//www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=internet_e_cia.informatica_principal&id_inf_escola=698


terça-feira, 15 de março de 2011

Folder do encontro do dia 21 de março de 2011.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Diversidade Étnico-Cultural.

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nos currículos da Educação Básica.

          A obrigatoriedade de inclusão de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nos currículos da Educação Básica trata-se de decisão política, com fortes repercussões pedagógicas, inclusive na formação de professores. Com esta medida, reconhece-se que, além de garantir vagas para negros nos bancos escolares, é preciso valorizar devidamente a história e cultura de seu povo, buscando reparar danos, que se repetem há cinco séculos, à sua identidade e a seus direitos. A relevância do estudo de temas decorrentes da história e cultura afro-brasileira e africana não se restringe à população negra, ao contrário, diz respeito a todos os brasileiros, uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos atuantes no seio de uma sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma nação democrática.
          A autonomia dos estabelecimentos de ensino para compor os projetos pedagógicos, no cumprimento do exigido pelo Art. 26 da lei 9.394/1996, permite que se valham da colaboração das comunidades a que a escola serve, do apoio direto ou indireto de estudiosos e do Movimento Negro, com os quais estabelecerão canais de comunicação, encontrarão formas próprias de incluir vivências  promovidas pela escola, inclusive em conteúdos de disciplinas, as temáticas em questão. Caberá, aos sistemas de ensino, às mantenedoras, à coordenação pedagógica dos estabelecimentos de ensino, e aos professores, com base neste parecer, estabelecer conteúdos de ensino, unidades de estudos, projetos e programas, abrangendo os diferentes componentes curriculares. Caberá, aos administradores dos sistemas de ensino e das mantenedoras prover as escolas, seus professores e alunos de material bibliográfico e de outros materiais didáticos, além de acompanhar os trabalhos desenvolvidos, a fim de evitar que questões tão complexas, muito pouco tratadas, tanto na formação inicial como continuada de professores, sejam abordadas de maneira resumida, incompleta, com erros.
          Em outras palavras, aos estabelecimentos de ensino está sendo atribuída responsabilidade de acabar com o modo falso e reduzido de tratar a contribuição dos africanos escravizados e de seus descendentes para a construção da nação brasileira; de fiscalizar para que, no seu interior, os alunos negros deixem de sofrer os primeiros e continuados atos de racismo de que são vítimas. Sem dúvida, assumir estas responsabilidades implica compromisso com o entorno sociocultural da escola, da comunidade onde esta se encontra e a que serve compromisso com a formação de cidadãos atuantes e democráticos, capazes de compreender as relações sociais e decodificar palavras, fatos e situações a partir de diferentes perspectivas, de desempenhar-se em áreas de competências que lhes permitam continuar e aprofundar estudos em diferentes níveis.


quarta-feira, 9 de março de 2011

Apresentação feita por aluno da E.E.E.M. Uruguaiana.

Diversidade Étnico-racial.


          "O Brasil é a segunda maior nação negra do mundo. Nossos milhões de negros e negras estão cada vez mais conscientes e orgulhosos de suas origens. No entanto, sobre esta população ainda pesa a herança de três séculos e meio de escravidão e de um longo período de invisibilidade, que se traduz em preconceito, discriminação e exclusão social. Esta situação também atinge outros segmentos étnicos, como os povos indígenas e os ciganos". (Resoluções da 2ª CONAPIR/2009)
          Em função dessa realidade, o Governo Federal criou uma série de Políticas de Ações Afirmativas para assegurar a eficácia dos direitos de cidadania a todos os segmentos étnicos formadores da nacionalidade brasileira reconhecendo, dando visibilidade e legitimando seus patrimônios culturais.

POLÍTICAS DE AÇÕES AFIRMATIVAS

          É o conjunto de políticas públicas e privadas com vistas ao combate da discriminação de raça, gênero, entre outros, para corrigir os efeitos presentes da discriminação praticada no passado.

          "As condições de marginalidade e apartheid social em que vive grande parte da população brasileira recomendam políticas especiais... A pobreza no Brasil tem cor - é a cor negra... Se é verdade que nem todos os pobres são negros, é fato que a maioria dos negros são pobres.
          As cotas étnicas já subiu, nas escolas superiores, o percentual de alunos originários de comunidades afrodescendentes em aproximadamente 40%". (Tarso Genro - ZH, 30/04/05)

Propaganda contra o racismo.

Mulheres negras.

Na diferença é que somos tão completamente iguais.
















Se o outro é tão diferente
Tão distante do meu ser,
Tenho que reconhecer
A inversão permanente
Pois em meio a tanta gente
Com o que cada um já traz
Não se igualam jamais
Sequer nos seus cromossomos
Na diferença é que somos tão completamente iguais
Sou, daquele, diferente
E ele igualzinho a mim
Do começo, meio e fim,
Difere radicalmente
E me acha totalmente
Diferente até demais
São opiniões reai
Até do que nos propomos
Na diferença é que somos tão completamente iguais
Sou do outro diferente
Como este outro é prá mim,
Como a rosa é pro jasmim,
Como a neve é pro sol quente,
Como a traseira é prá frente,
Como o conflito é pra paz,
Como os plebeus, pros reais,
Como a laranja é pros gomos,
Na diferença é que somos tão
completamente iguais.

               AUTORIA: Merlânio Maia.

terça-feira, 8 de março de 2011

Vídeo da ONG "Meu sonho não tem fim".

Diversidade e Identidade.


          A diversidade e a formação da identidade dos sujeitos são temáticas em voga na sociedade contemporânea. Têm sido debatidos de maneira constantes por muitos educadores que se preocupam em encontrar estratégias pedagógicas eficientes para o trabalho educativo no cotidiano da sala de aula.
          O primeiro passo a ser dado está relacionado ao respeito aos agentes sociais, como indivíduos iguais em dignidade e direitos. Mas, para tanto, se faz necessário questionar os instrumentos e/ou mecanismos sociais e políticos, a propriedade como concentração de poder que efetivamente hierarquizam as pessoas "diferentes" em dominantes e dominados, superiores e inferiores.
          Sendo assim, reconhece-se também que a identidade do ser humano não nasce com o sujeito, portanto, não é nata ou simplesmente pré-determinada. Parafraseando Taylor, o respeito e a dignidade com que todo o ser humano deve ser reconhecido, levaem consideração as diversas formas de diferenciação que realmente existem entre os indivíduos e os grupos. Deve-se também centrar a atenção para que haja igualdade de oportunidades e acesso aos recursos, com ênfase maior, evidentemente, para os que se encontram em desvantagens, ou seja, para os que possuem mais necessidades.
          As sociedades contemporâneas são heterogêneas, compostas por inúmeras etnias, muitas delas em constantes conflitos, classes e identidades culturais diversificados. Essa "massa" humana globalizada é obrigada pelas circunstâncias a viver perenemente em contato, estabelecendo, assim, o multiculturalismo.
          Dentro desse contexto, interpretar quem somos enquanto coletividade e indivíduos, para obtermos o reconhecimento do qual todo o ser humano depende, é muito importante. Na ótica de Habermas "ninguém pode edificar a sua própria identidade independente das identificações que os outros fazem dele". Portanto, o reconhecimento pelos outros é uma necessidade humana.

Texto de Maria de Lurdes Mattos Dantas Barbosa.

(Texto completo em http://www.lurdes.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=1274605)

segunda-feira, 7 de março de 2011

Filme "Meu nome é Rádio".

          No filme "Meu nome é Rádio", o autor denuncia antes de tudo a exclusão social que faz com que as pessoas que apresentam necessidades especiais fiquem à margem da sociedade e sejam vistas como alguém que tem uma doença contagiosa, ou que cometeu um crime hediondo ou ainda que não tem a menor importância e capacidade. Denúncia essa que usa como refúgio a base de uma história real, através do personagem RÁDIO, que a princípio é alguém rejeitado, apesar de aparentemente feliz. Logo a seguir faz-nos refletir sobre a necessidade do ser humano de viver em sociedade, de ter amizades e oportunidade de se desenvolver na convivência com seus semelhantes, apesar das diferenças, dificuldades e deficiências que todos temos.
          Mostra-nos também que através da compreensão, da ajuda, da amizade incondicional e da aceição as pessoas podem se tornar melhores e serão plenamente capazes de se desenvolverem.
        "Meu nome é Rádio" é um filme a que vale a pena assistir. Indicado para pais, jovens e educadores. É uma história sensível e edificante que tem a contribuição de excelentes atores, uma trilha sonora emocionante e envolvente; sem imagens fantásticas mas simples e marcantes; sem muitos efeitos especiais, pois a retratação de tão esplêndida e comovente realidade exige o destaque das coisas simples, porém verdadeiras. É um daqueles filmes a que você assiste  várias vezes e sempre aprende uma nova lição. Dá a certeza de que a convivência social saudável transforma-nos e que as nossas deficiências podem ser minimizadas quando aceitas pelos outros e por nós mesmos.
          Assista, abaixo, o trailler do filme.

sábado, 5 de março de 2011

Música "Areia Santa", Belô Velloso.

Homem de cor?